24 de abril de 2024

“VOCÊ NÃO PODE SEMPRE CONSEGUIR O QUE QUER” – A AUTOESTRADA

FICHA TÉCNICA:

Titulo: A Autoestrada
Título Original: Roadwork
Autor: Richard Bachman (Stephen King)
Gênero: Romance / Suspense / Fantasia / Ficção
Editora: Suma
Coleção/Arco: Os livros de Bachman
Publicação: Original 1981
Número de Páginas: 304 páginas

RESENHA (SEM SPOILERS):

Um país em crise, racionamento de combustíveis, guerra com o Vietnã, tensão social,
o luto pela morte do filho que foi vítima de um câncer, um casamento arruinado, desemprego.
Não há como piorar, não é?
Esqueci de falar, você tem de sair da sua casa pois vão construir uma rodovia em cima dela.
Esta é basicamente a trama da história de Barton George Dawes,
que vem passando por um dos piores momentos da sua vida.
Com a morte do filho, se agarra às lembranças da infância do filho presentes na casa,
até que a sua esposa (agora ex-esposa) decide ceder à proposta da construtora .
Como se não bastasse, a empresa onde ele trabalha a anos também será demolida.
O livro se passa em três meses, sendo cada dia chave um capítulo,
um diário do personagem que conta a escalada das sensações que o levaram a fazer o que fez.
Enquanto a cidade assiste passiva à passagem do progresso feito um rolo compressor nas vidas de todos,
George decide tomar uma atitude.
Não vai assistir a sua vida ser demolida passivamente, então monta um plano sem volta.
Seu inimigo precisa ser detido e destruído.
É um livro extremamente humano, que trata a angústia de perto,
analisa o quanto a dor pode fazer uma pessoa tomar atitudes extremas.
Ao longo do livro, a angústia e sofrimento já avisam: Não pode haver final feliz nesta estória.
A que ponto a dor pode levar uma pessoa?
Descubra junto com Bart Dawes, do que é capaz uma pessoa quando tudo que lhe resta é nada.
Recomendo a leitura, até por ser algo bem diferente do padrão de histórias apresentado pelo autor.
A versatilidade de Stephen king é bem patente nesta obra, sem a presença do sobrenatural,
apensa um homem, sua dor, armas de grosso calibre e explosivos…

Resenha escrita ao som de Rolling Stones – You Can’t Always Get What You Want

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